domingo, 27 de setembro de 2015

Culpa própria e um tabuleiro de xadrez inclinado!

É verdade que este Boavista-Sporting teve uma arbitragem mais uma vez fraca e em prejuízo do Sporting. Sim, é verdade. Ao Boavista tudo era permitido, faltas grosseiras, ligeiras e assim-assim. O amarelo ficava sempre no bolso e assim se controlava o ímpeto leonino. Jogadores a cair no chão, guarda-redes a pedir assistência e passo lento, lentinho e parado para os substitituídos. No final apenas quatro minutos de compensação. Entrada com pé em riste junto à linha sobre Slimani. Não se passa nada, diz o árbitro. Dois fora de jogos mal assinalados em lances de isolamento de João Pereira. Pára que é perigoso! Possível penalty por marcar por mão de Paulo Vinícius. Segue, na dúvida prejudica-se o ataque! É verdade, lances demais para caracterizar a arbitragem portuguesa.

No entanto, há vida para além da arbitragem e não posso camuflar mais uma exibição cinzenta do Sporting, com um futebol muito mastigado, com pouca profundidade e incisivo de menos para quem luta pelo título e tinha uma oportunidade de ouro para se isolar de imediato na liderança. É preciso mais. E não será por falta de atitude porque a atitude esteve sempre bem presente na recuperação das segundas bolas e numa pressão asfixiante no meio campo boavisteiro. Parece-me que há erros que se repetem. Entre eles, o menor número de cruzamentos quando se tem na área dois avançados centro, sendo um deles um exímio cabeceador como Slimani. Não se percebe como se ganha a linha e muitas vezes volta-se para trás para mais uma movimentação à andebol. Depois há um pequeno número de remates realizados. Tudo bem que não temos grandes bombardeiros mas sem remates não há golos e esta pode ser uma arma para desfazer defesas fechadas. E depois julgo que é gritante a falta de forma individual da maioria dos jogadores, à excepção de um supersónico Slimani. Noutros tempos havia um criativo João Mário, um desequilibrador Mané ou um superpotente Jefferson. Jogadores que quando estão em boa forma são imparáveis. O único desequilibrador que temos neste momento chama-se Gelson Martins que se perde muito com a falta de inspiração da restante equipa e com a sua própria inocência. Ruiz e Teo, como já disse anteriormente, precisam de banco para voltar com a bateria carregada.

No final do jogo tivémos críticas irónicas de Bruno de Carvalho. Percebe-se como estratégia de política externa. A arbitragem foi má demais, como tem sido habitualmente em prejuízo do Sporting, e tem que ser denunciada a duas jornadas da ida à Luz. Mas no balneário a estrutura tem que exigir mais de si e jogar muito mais do que tem jogado. Jesus tem a palavra nos próximos dias...

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