sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Renovações e um Dejá-Vu

Renovar ou não renovar com Postiga? Eis a questão!

Casos como Pedro Silva e Grimi nunca foram uma incerteza para mim. Não seriam contratados nem renovados. Abel ainda escapa pelo empenho e profissionalismo. Romagnoli é o meu dejá-vu actual com Postiga. No último ano de contrato com o clube de Alvalade, lança-se para uma época memorável e faz parte do melhor futebol do Sporting nos últimos tempos, num meio-campo onde figuravam ainda Miguel Veloso, Moutinho e Nani. A renovação foi concedida mas nunca mais foi o mesmo.

Postiga pode ser mais um caso paradigmático de irregularidade e aumentar o despesismo e falsos activos em Alvalade. Além disso, continua a ser um jogador com bons pés, mas com uma grande incapacidade para a finalização. Acerta uma vez em dez!

Mantenho a opinião que tinha antes desta época. Postiga não é para renovar!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Incompetência do Sporting

Não sou um crítico apenas por criticar, critico quando o argumento se propicia e proponho soluções.

Com um terço do campeonato realizado, perdemos metade dos pontos em disputa, estamos praticamente afastados do título, alternamos exibições positivas com prestações medíocres por vezes no mesmo jogo e acabamos por deixar o segundo lugar à mercê de clubes a atravessar períodos delicados da sua época.

Se o ano passado foi o ano zero do mandato de José Eduardo Bettencourt, este ano seria o ano um, mas com a diferença de que este ano serão exigidos títulos, especialmente o título português que todos os adeptos ambicionam e que está cada vez mais perdido. Se assim é, não vejo mais razões para a continuidade desta direcção que contrata um treinador sem currículo e não cumpre com o apetrechamento que a equipa precisava.

Não há margem de manobra para tanta incompetência e a solução que proponho é a marcação de eleições antecipadas com a esperança que surja uma candidatura capaz e de ruptura com o passado recente.

Viva o Sporting!

A identidade e o mérito alheio!

José Mourinho e Villas-Boas são dois rostos comuns. Ambos tiveram a escola de Bobby Robson. São jovens e fazem parte da nova vaga de treinadores portugueses. Trabalharam juntos nos maiores clubes europeus. Receberam convites para a liderança técnica do Sporting. Por qualquer razão não oficializaram e hoje são dois conquistadores em clubes diferentes!

Quis o destino que ambos triunfassem em clássicos das suas ligas no mesmo momento e com uma ideia de jogo semelhante. A identidade de jogo, a estrutura organizada e automatizada, o onze habitual e as mudanças cirúrgicas sem alteração do seu modelo são imagens de marca em ambas as equipas. De um lado temos Cristiano Ronaldo como estrela cintilante, do outro temos um imparável Hulk, e em ambos os casos temos jogadores fora de série que se destacam num colectivo forte. Jogam os jogadores em melhor forma e nas suas posições devidas, rentabilizando-se a estrutura no sentido do individual para o colectivo. O banco acrescenta qualidade e substitui com demonstração de integração no sistema de jogo. Os resultados aparecem!

No Sporting, a falta de qualidade não justifica as inúmeras mudanças na estrutura base, alterando os onzes de jogo para jogo e acima de tudo, o seu sistema. Desta forma, a identidade de jogo é uma miragem, as individualidades não sobressaem e os níveis exibicionais são bipolares.

Com as conquistas alheias podemos crescer e manter a identidade leonina, identidade essa que se perdeu desde que Paulo Bento venceu o seu título como treinador de Juniores do Sporting. Há quanto tempo não surge um talento da formação na estrutura profissional do Sporting?

A contenção orçamental não explica tudo e a organização, estabilidade, prospecção e formação são pedras basilares para o caminho do sucesso. Vale a pena pensar nisto…