domingo, 23 de setembro de 2012

Direcção por um fio!

Muito se discute a continuidade de Sá Pinto. Amanhã se os 3 pontos não forem nossos diz-se que será o último jogo do treinador em Alvalade. Até já se fala em Scolari. Eu volto o filme atrás e digo o que disse aquando da saída de Domingos. Dar o dito por não dito, valorizar Domingos num dia e despedi-lo no seguinte, para salvar a pele da equipa directiva e apelar à emoção dos adeptos na chamada do treinador mais sportinguista de Portugal era a opção mais arriscada que a direcção podia tomar. Porque a partir do momento em que se colocaria em causa o trabalho de Sá Pinto, o problema não passaria apenas pela gestão técnica mas acima de tudo pela opção directiva. Muitos são os treinadores que já passaram em Alvalade, nem todos sofrem de falta de competência, porque a falta de competência está em quem os coloca lá ou não lhes dá as condições devidas para um trabalho rentável.

Portanto, volto a puxar o filme atrás novamente, era madrugada de dia 27 de Março de 2011 e indignado disse que os resultados eleitorais seriam mais um período perdido na história do Sporting. A continuidade ganhava e a ruptura que todos pretendiam antes das eleições ficava adiada por tempo indeterminado. Hoje em dia os apoiantes da continuidade começam a dar sinais de descontentamento. Se por ventura Sá Pinto for o problema para a continuidade, sejam verdadeiros leões e rompam de vez com a filosofia da mediocridade que se instalou no nosso clube. Porque o Sporting somos nós!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sporting Actual: a minha análise!

O que passa no Sporting é um problema estrutural. A culpa não é nem do treinador nem dos jogadores. A culpa está na cultura da continuidade e nos erros de gestão sistemáticos. E o reflexo destes problemas está no desequilíbrio da equipa.
O Sporting está habituado a jogar em 4-3-3, no entanto retiram-lhe neste mercado o jogador mais criativo que melhor fazia a ligação meio-campo-ataque, falo de Matias Fernandez. O Sporting fica entregue a um lote alargado de números 8 que mastigam muito o jogo e são incapazes de aparecer em zonas de finalização. Além disso, há meses que procuramos uma alternativa a Ricky e apenas nos aparecem segundos avançados como Labyad e Viola, jogadores muito jovens para serem real alternativa.
Sendo assim, encontro duas soluções para este problema, sendo que em cada uma delas a aquisição de um ponta de lança é fundamental.
Plano A: adquirir somente um ponta de lança experiente que aumente as opções e a média de idades da equipa (a segunda parte de ontem com vários jovens do meio campo para a frente foi uma nulidade pela incapacidade de gerir a pressão, já a defesa com mais experiência revelou de novo solidez). Com este reforço, Ricky deixará de suportar o peso exclusivo da equipa na obtenção dos golos e poderemos jogar num 4-4-2 clássico como jogámos e bem no final da temporada passada. Seria a opção mais viável com o plantel que temos, incluindo dois médios box-to-box e aproveitando as qualidades de Labyad, Viola e Wilson Eduardo como segundos avançados.
Plano B: adquirir o ponta de lança referido anteriormente, um jogador experiente, forte e com bom jogo aéreo de forma a ser real alternativa a Ricky e adequar-se ao jogo actual de 4-3-3 com índice elevado de cruzamentos pelas faixas laterais. No entanto, precisaria de uma melhor ligação meio-campo ataque no vértice superior do meio-campo, sendo necessário contratar um médio construtor, veloz e vertical, capaz de organizar jogar e aparecer em zonas de finalização.
Até ao fecho do mercado espero que se confirme um destes planos, e que depois haja capacidade para colocar os jogadores nas posições mais rentáveis. Não resolverá os problemas estruturais mas ajudará! SL