sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Dança de Treinadores: problema ou solução?

Sou um defensor da estabilidade de um clube e da continuidade do treinador até ao final do projecto. Não compreendo as saídas precoces de Ulisses Morais (Naval), Carlos Azenha (V Setúbal), Carlos Carvalhal (Marítimo), Rogério Gonçalves (Académica) e Nelo Vingada (V Guimarães). Ou melhor, compreendo pela falta de qualidade do dirigismo português que aposta em treinadores pelo golpe de vista, alguns deles com pouca qualidade, e sem garantias de estabilidade independentemente dos resultados.

Nesta lista de treinadores demitidos, não compreendo a falta de aposta em Carvalhal no Marítimo, pois para mim é uma aposta clara na qualidade, tenho dúvidas na mudança de Carlos Azenha por Quim, e compreendo a falta de qualidade de Ulisses Morais, Rogério Gonçalves e Nelo Vingada, para mim três treinadores conservadores de tácticas defensivas e pouco ambiciosas.

Falando da minha Académica, clube ao qual estou associado, esta era uma saída anunciada desde o primeiro minuto, dada a contestação que houve nesta aposta no seio da Briosa, e reforçada pela fraca qualidade exibicional e de resultados nas primeiras jornadas ,com um plantel sem dúvida melhor que o plantel anterior que ficou em sétimo classificado na época passada.

Para o seu lugar, um regresso ao passado recente na aposta de um treinador jovem e ambicioso após a saída de Domingos, desta vez com o ingresso de André Villas Boas, um treinador com 31 anos, com a escola de José Mourinho e até com algumas semelhanças físicas com ex-treinador e agora líder de campeonato Domingos Paciência.

Não posso tecer considerações racionais sobre a capacidade do novo treinador, apenas posso falar por intuição. E a intuição deixa-me confiante num futuro promissor com este treinador, pela idade, pelo percurso associado às grandes conquistas de José Mourinho e pelo discurso ambicioso na sua apresentação oficial na Académica.

Oxalá esteja certo!

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