Este sim, é o 3º candidato. Paiva dos Santos renunciou e apoia esta terceira candidatura. Parece que foi tanto o apoio que se atrasou na entrega da lista para o Conselho Leonino.
Quanto a José Couceiro, é um recém-protagonista após as suas intervenções em programas de televisão. Também estive atento ao seu discurso, é um homem que sabe estar e falar, revelou na altura que tinha estudado a actual situação do clube e só não seria candidato se não o deixassem. Após tentativas falhadas com Godinho Lopes, Rogério Alves e Figo, a Banca deixou-o ser candidato.
Este pode mesmo ser um dos pecadilhos da sua campanha, dado que os apoios de Ricciardi, Godinho Lopes, José Eduardo Bettencourt, Rui Oliveira e Costa, Revisores e, acima de tudo, do pai do caos "José Roquette são um autêntico "beijo da morte"! Por mais que José Couceiro assuma a ruptura, nomes como estes apontam para tudo menos a ruptura, e dos candidatos que se apresentam Bruno de Carvalho será tudo menos a continuidade, e Carlos Severino seria frágil demais para a campanha da Banca.
Além disso, José Couceiro transparece ser um homem de boas intenções. Fala bem, pensa com clareza, sabe argumentar, mas no meio disto tudo lembra-me mais um "José Peseiro". Homens com boas intenções, quase campeões, quase bem titulados, mas com resultados finais curtos para tamanha projecção.
Como jogador, não me lembro da sua carreira.
Como treinador, teve vários projectos falhados que prometiam imenso. Normalmente projectos com pouca duração. Não me lembro de um projecto médio-longo prazo de Couceiro de sucesso. Lembro-me de uma boa meia-época no Vitória de Setúbal, depois passou para o FCP e perdeu-se. Deve ter sido dos poucos treinadores que falhou na era Pinto da Costa. E como eu costumo dizer, até eu arriscava-me a ser campeão com Pinto da Costa. Passou também como treinador no Sporting, curiosamente na última campanha eleitoral onde poucos ou nenhuns lhe davam crédito para continuar. Mais uma vez, curta passagem.
Como dirigente, lembro-me dele no Sindicato dos Jogadores. Nada a apontar. Passou pelo Sporting na fase inicial roquettista sem sucesso registado. Voltou ao Sporting no último suspiro do mandato de José Eduardo Bettencourt ficando marcado pela despedida de Liedson e pela aquisição de um jogador chamado Cristiano, lembram-se? Não me lembro de nenhum acto de gestão assinalável como dirigente!
Surge agora como o "Salvador da Banca", mas apesar da sua atitude simpática e expressiva, não me parece que tenha o perfil desejado para a delicadeza do momento actual do clube. Mas vamos aguardar, apenas hoje começará a campanha eleitoral e ficarei atento a todos os projectos. Pela sua postura correcta, espero que José Couceiro eleve a campanha. A surpresa seria mais uma campanha negra da boca de Couceiro. Já quanto à sua agência de comunicação, o que não me surpreende são as suas capas dos jornais desportivos de hoje. No primeiro dia de campanha eleitoral fala-se de Couceiro, de Severino, e nem uma linha sobre Carvalho. O medo saiu à rua!