quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Crise Leonina: soluções?

Não vi o jogo de ontem mas acredito que tenha sido mais do mesmo. Um Sporting com um futebol sofrível e desinspirado e no final do jogo mais uma desilusão para os milhares de sportinguistas.
Para mim não foi surpresa nenhuma, se tivesse que apostar num jogo teria que apostar contra os meus princípios e contra o Sporting.
Disse antecipadamente que independentemente do resultado contra o Chaves, os homens da estrutura técnica e directiva são para manter. E continuo a dizer: Bruno de Carvalho e Jorge Jesus são os homens certos nos lugares certos. Não tenho memória curta e reconheço o mérito a ambos pelo que já fizeram no passado e não serão quatro meses que me farão mudar de opinião.
No entanto, há problemas por resolver incluindo estes dois homens. E para mim o problema central passa pelo poder central dado a Jorge Jesus por Bruno de Carvalho que terá que ser rectificado. Com este problema resolvido não teremos camiões de jogadores de qualidade duvidosa ou em fase de relançamento da carreira que no fim resultam em simplesmente nada. Tratado este problema, urge encontrar um bom departamento de scouting que consiga encontrar mais-valias indiscutíveis, mesmo que para isso se pague o que se pagou por Bas Dost, mas que seja um departamento eficaz na hora do investimento. Neste departamento não precisa nem pode prevalecer a quantidade, precisa de encontrar elementos cirúrgicos e possivelmente mais experientes que possam fazer crescer os miúdos da formação. Esta sim, a verdadeira essência do Sporting que não se pode perder, devendo fazer regressar as mais-valias que foram emprestadas a clubes de segunda linha mas que em nada ficam a dever ao entulho duvidoso que minou o futebol do Sporting este ano.
Bruno de Carvalho pelo seu passado na reestruturação do clube e Jorge Jesus pela sua qualidade técnica (para mim indiscutível!), incluindo no lançamento de jovens jogadores, são os homens certos para esta reformulação do projecto. Que assim queiram!
Se assim não quiserem, será o regalo para a vista que os rivais pretendem há muito, porque esta dupla ameaça muita gente mas não deve fazer temer os sportinguistas. Se é que me faço entender…

domingo, 27 de setembro de 2015

Culpa própria e um tabuleiro de xadrez inclinado!

É verdade que este Boavista-Sporting teve uma arbitragem mais uma vez fraca e em prejuízo do Sporting. Sim, é verdade. Ao Boavista tudo era permitido, faltas grosseiras, ligeiras e assim-assim. O amarelo ficava sempre no bolso e assim se controlava o ímpeto leonino. Jogadores a cair no chão, guarda-redes a pedir assistência e passo lento, lentinho e parado para os substitituídos. No final apenas quatro minutos de compensação. Entrada com pé em riste junto à linha sobre Slimani. Não se passa nada, diz o árbitro. Dois fora de jogos mal assinalados em lances de isolamento de João Pereira. Pára que é perigoso! Possível penalty por marcar por mão de Paulo Vinícius. Segue, na dúvida prejudica-se o ataque! É verdade, lances demais para caracterizar a arbitragem portuguesa.

No entanto, há vida para além da arbitragem e não posso camuflar mais uma exibição cinzenta do Sporting, com um futebol muito mastigado, com pouca profundidade e incisivo de menos para quem luta pelo título e tinha uma oportunidade de ouro para se isolar de imediato na liderança. É preciso mais. E não será por falta de atitude porque a atitude esteve sempre bem presente na recuperação das segundas bolas e numa pressão asfixiante no meio campo boavisteiro. Parece-me que há erros que se repetem. Entre eles, o menor número de cruzamentos quando se tem na área dois avançados centro, sendo um deles um exímio cabeceador como Slimani. Não se percebe como se ganha a linha e muitas vezes volta-se para trás para mais uma movimentação à andebol. Depois há um pequeno número de remates realizados. Tudo bem que não temos grandes bombardeiros mas sem remates não há golos e esta pode ser uma arma para desfazer defesas fechadas. E depois julgo que é gritante a falta de forma individual da maioria dos jogadores, à excepção de um supersónico Slimani. Noutros tempos havia um criativo João Mário, um desequilibrador Mané ou um superpotente Jefferson. Jogadores que quando estão em boa forma são imparáveis. O único desequilibrador que temos neste momento chama-se Gelson Martins que se perde muito com a falta de inspiração da restante equipa e com a sua própria inocência. Ruiz e Teo, como já disse anteriormente, precisam de banco para voltar com a bateria carregada.

No final do jogo tivémos críticas irónicas de Bruno de Carvalho. Percebe-se como estratégia de política externa. A arbitragem foi má demais, como tem sido habitualmente em prejuízo do Sporting, e tem que ser denunciada a duas jornadas da ida à Luz. Mas no balneário a estrutura tem que exigir mais de si e jogar muito mais do que tem jogado. Jesus tem a palavra nos próximos dias...

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O regresso do Rei!


Duas boas notícias para o Sporting. O regresso antecipado do Rei (recuperação mais rápida do que o previsto) e mais uma excelente opção, quiçá a melhor, para o comando de Jorge Jesus. Não tenho dúvidas que William nas mãos de Jesus será ainda melhor individualmente e proporcionará a optimização da estratégia que o treinador procura desde o início da época. Ganhamos de novo um grande número 8, Adrien está de volta e para mim fará para já a dupla no meio campo com Sir William. E que venha de vez a pressão alta e circulação de bola eficaz que a equipa nos brindou nos primeiros jogos em Agosto.

Imagem: Jornal Abola

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Carrillo e outras sul-americanices!

Carrillo é uma questão muito simples. Ou renova ou não joga. A questão é também reforçada pelas claques leoninas. "Insubstituível só o grande Sporting Clube de Portugal". Estes sim, são os verdadeiros sportinguistas. Agora os comentadores de papel ou das televisões sensacionalistas só querem é prejudicar o Sporting e com alvos a abater bem definidos: Jorge Jesus e Bruno de Carvalho. Se puderem abater os dois ao mesmo tempo com uma implosão entre ambos, melhor. A mim não me enganam. "Zero Ídolos" e não há engorda do porco para os outros o comerem. No Sporting os que estão em pleno para vestir o manto sagrado!

Por não estarem em pleno, mas por questões aparentemente físicas temos Ruiz e Teo Gutierrez. Se Teo Gutierrez pede banco há algum tempo, reforçado agora pela boa forma de Montero, já Ruiz sofre com a falta de jogadores capazes para aquela posição de extremo que ocupa. No entanto, para mim seria Mané e Montero titulares no Bessa. Ruiz e Teo no banco para voltarem com outra frescura física e ainda a oportunidade para Matheus Pereira começar a aparecer na equipa A. Em Jesus eu confio!

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Épico: A Taça é Nossa!

Na impossibilidade de estar no Jamor cruzei o meu amor pelo Sporting com a família sportinguista em Alvalade. Tinha tudo para ser uma grande tarde noite de sportinguismo e felizmente assim foi.

No entanto, tudo começa com mais do mesmo. Uma boa entrada do Sporting mas em pouco tempo o árbitro decide inferiorizar o Sporting (Cédric faz falta mas na minha opinião Djavan não estava de frente para a baliza, logo seria cartão amarelo) e o Braga através de Éder avança na frente do marcador através de um golo de grande penalidade. Pouco depois, Baiano poderia ter visto o segundo cartão amarelo (falta clara e impossibilitadora do isolamento de Nani) e não vê, marcando um jogo do Sporting com menos um jogador que o adversário quase duas horas.

Estava dado o mote para mais uma tarde de grande alma leonina. Nós acreditamos em vocês, diriam os adeptos! Nem todos, mas já lá vamos. E os jogadores acreditaram mesmo, numa prova de grande esforço, dedicação e devoção para atingir a glória. E assim foi, com a marcação de dois golos nos últimos cinco minutos finais e a crença que o mais difícil estava feito. Nesta altura já havia sportinguistas fora dos estádios, quanto a esses cito André Patrão que diz que "esses perderam 0-2, os restantes levaram a Taça". Nem mais! Prolongamento e a vontade clara de decidir o jogo nas grandes penalidades. para o Sporting só poderia ser essa a solução depois do imenso desgaste provocado pelas incidências da partida. E nas grandes penalidades mostrámos extrema concentração, até demasiada para a falta de capacidade que o Braga revelou (nem acertava na baliza).

Não foi um grande jogo do ponto de vista técnico, nem poderia ser após a saída de Cédric, mas foi a vitória da coragem dos jogadores perante a adversidade, do treinador que mais do que qualquer acerto técnico-táctico percebeu que o jogo ganhava-se com motivação psicológica e para o presidente que continua a cumprir promessas e os títulos começam a reaparecer. 

Viva o Sporting!

domingo, 3 de maio de 2015

Sporting - Nacional: Black & White

Regressei ontem a Alvalade e na primeira parte dei por mim a pensar na história do ovo e da galinha no que aos clubes e aos adeptos diz respeito. Afinal de contas quem deve puxar por quem? Os adeptos pela equipa ou a equipa pelos adeptos? Continuo sem resposta definitiva (haverá alguma?). Por um lado, em qualquer peça profissional, seja teatro, cinema ou circo, é o conjunto de profissionais que fazem por atrair a atenção dos espectadores. Só assim há motivo para pagar o seu bilhete e atrai-lo para mais pagamentos. Por outro lado, o futebol não é teatro, cinema ou circo (embora às vezes pareça), o futebol é paixão cega, é apoio incontestável, é acompanhar a fundo e por vezes até ao fundo, sempre com a alegria de se ser! 
Contudo, ontem aquela primeira parte foi demasiada para o mais indefectivel adepto. Tudo se explica com a palavra atitude. O adepto perdoa tudo se a capacidade é fraca e não dá para mais, mas não perdoa a falta de concentração, imobilidade e até sonolência da equipa. Como prova disso está a mudança do dia para a noite (ou da noite para o dia, como queiram) da primeira para a segunda parte. E não me venham dizer que a diferença era apenas Capel e Rossel por Carrillo e Adrien. A atitude foi outra, a concentração bem maior, a dinâmica que nem se compara e um futebol por momentos bem vistoso que fez lembrar o Tiki-Taka de Guardiola.
Vitória totalmente justa por aquilo que se fez na segunda parte, com destaque para a boa entrada de Carrillo, os dois golos de Montero e boa actuação da dupla de centrais (Everton faz lembrar a aquisição de inverno de André Cruz, grande classe).
Quanto à arbitragem, mais do mesmo, mais uma actuação habilidosa. Será por isto que se fala em teatro, cinema e circo no futebol?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Eu Vou Lá Estar!

Domingo, dia de ir à bola. Dia de aniversário de Bruno de Carvalho. Derby no serão. Jornada importante mas não decisiva para o campeonato. Importante porque em caso de vitória do Sporting há um novo lançamento do campeonato, especialmente para o Porto que com a pequena diferença pontual e com o status quo consigo, tem ambições renovadas para validar o título. Excluo o Sporting desta luta, mesmo que ganhe, pela diferença de orçamentos e pela falta de capacidade sistemica para alavancar o bom futebol na conquista do principal título português. Não será decisiva porque seja qual for o resultado o campeonato continuará em aberto para os dois primeiros classificados, e continuará a ser um passeio de bom futebol e optimizacao dos recursos leoninos como única forma independente de explanação do seu trabalho.

Sendo importante ou decisivo, confio que numa boa noite, com uma moldura humana assinalavel, sairemos vencedores e com a confiança renovada. Que o futebol seja o único factor determinante no resultado!