terça-feira, 29 de março de 2011

Mais uma inconformidade!

Independentemente do presidente eleito, urge clarificar estas situações e mostrar um Sporting credível com uma organização merecedora. Como diz o Inácio, "o Sporting precisa de estabilidade mas também de verdade".

segunda-feira, 28 de março de 2011

Estatutos, Suspeição e a Fragilização do Sporting

Julgo que é claro para todos, e agora ainda mais, que os estatutos do Sporting estão ultrapassados e que a sua alteração deverá ser uma das primeiras medidas a tomar. Bruno de Carvalho já tinha aludido para tal facto antes das eleições, anunciando-a como uma das suas primeiras posições na liderança do Sporting. Em democracia, o meu voto como cidadão tem o mesmo valor que o voto de um cidadão com o triplo da minha idade e apesar de concordar que se possa estabelecer uma diferença entre os associados de um clube, nunca poderá atingir valores tão díspares como de 25 para 1, senão estaremos sempre ligados ao conservadorismo e ao conflito geracional. Depois, a centralização do acto eleitoral e o método de contagem dos votos é tão provinciano que espelha mais uma vez a péssima linha de continuidade que temos vindo a assistir nos últimos 15 anos. Ainda de referir que, para bem do Sporting, um candidato, tal como um Presidente da República, só deveria ser eleito por maioria absoluta num claro e inequívoco sentido de voto dos seus associados, originando as voltas que fossem necessárias para uma vitória maioritária e unificadora. A questão dos estatutos ganha maior relevância quando há uma vitória reduzidíssima de um candidato sem qualquer tipo de maioria, numa eleição por cabeça de voto.


Além da fragilidade eleitoral, há uma clara suspeição sobre os resultados eleitorais. Senão, como se explica que todas as sondagens antes e durante as eleições davam uma clara vantagem a Bruno de Carvalho e apenas em cinco minutos se dá um volte-face? Porque razão Rogério Alves, membro da aparente lista derrotada, assumiu a vitória de Bruno de Carvalho pessoalmente e em público? E o polémico Eduardo Barroso poderia alguma vez ter ganho como elo mais fraco da sua candidatura sem a vitória do seu presidente? E a incongruência do número de votos finais? A verdade até pode ser a maior legalidade desta eleição, mas uma coisa é certa, há uma enorme suspeição sobre a manipulação dos resultados e contra isso o Sporting deve reagir com medidas totalmente esclarecedoras. Um novo acto eleitoral iria devolver a transparência e fortalecer a estrutura que está mais do que dependente de um futuro imediato e próspero, sem bolas na barra e com tiros certeiros.


Para aqueles que votaram em Godinho Lopes, e aparentemente atribuíram mais uma vitória à continuidade, peço para assumirem as vossas responsabilidades num Sporting fragilizado, endividado e dependente da Banca, distante competitivamente dos seus rivais, separado emocionalmente dos seus adeptos e associados e sem valores e princípios respeitadores do meu sportinguismo.


Quero um “Sporting Unido” mas esta união não é cega e não pode ser vivida a todo o custo. Não me revejo minimamente numa cultura sportinguista da continuidade derrotista e elitista, porque quero um Sporting sem Complexos, muito menos com minorias eleitorais de um presidente, porque o Sporting Somos Todos Nós e a maioria elege a mudança!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Bruno de Carvalho, obviamente!



A poucas horas de fechar a campanha eleitoral acho que foi uma campanha medíocre e sem confronto de ideias dignos dos imensos debates realizados.

O único candidato que apresentou desde cedo e de forma única e bem estrutura um projecto detalhado e mobilizador, capaz de ser escrutinado por todos os sócios durante o seu mandato é o candidato Bruno de Carvalho.

Os restantes apresentaram um conjunto vago de ideias mal explicadas e outras divulgadas aos poucos durante a campanha em colagem óbvia ao projecto de Bruno de Carvalho. O seu a seu direito! E assim não se discutiu o Sporting, não se debateu os problemas de fundo do clube leonino e apenas existiu a apresentação de um projecto e a sua tentativa de descredebilização.

Mais do que uma campanha eleitoral, Bruno de Carvalho mostrou uma filosofia de vida e de sportinguismo que particularmente me identifico no presente e ambiciono crescentemente no futuro. Como homem, parece-me ser uma pessoa humilde, capaz de perder horas de sono para estar com os seus ilustres desconhecidos/apoiantes nas redes sociais, inteligente, com um discurso maduro, mobilizador e irónico q.b. em defesa dos seus interesses pessoais e de sportinguismo, e acima de tudo um jovem ambicioso que mostra aos sportinguistas e ao país que mais do que “à rasca” pode ser desenrascado e mostrar o empreendedorismo que falta ao país e ao Sporting. À ambição junta o projecto, ao projecto junta as pessoas credíveis e às promessas realiza as suas confirmações. Já é uma referência de muitos sportinguistas e acredito que amanhã vota-se Bruno de Carvalho como uma referência no dirigismo português, que o tempo confirmará tal e qual como as suas promessas.

Como adepto, sócio e candidato sportinguista, Bruno de Carvalho foi o único que apresentou um projecto para o futuro do Sporting, revela um grande domínio de todas as questões leoninas, rodeou-se de gente credível e renovada, apresentou pessoalmente o resultado do seu trabalho, foi o único que trouxe a mais-valia de uma parceria externa para o investimento no futebol e fortalecimento na renegociação da dívida com a banca, mostrou coerência na apresentação do seu treinador com o perfil desejado na área da formação e da aposta num futebol ofensivo e atractivo, foi o alvo preferencial da campanha suja dos outros candidatos com argumentos tão rudes como inválidos e foi sujeito a uma campanha tendenciosa da comunicação social que, apoiada pelas agências de outras candidaturas e pelo seu anti-sportinguismo, desvalorizou esta candidatura e elegeu a candidatura da continuidade (Lista de Godinho Lopes) como a sua preferida. A maior prova disso passa pelas inexplicáveis capas do jornal A Bola em alusão ao Sporting e à candidatura de Godinho Lopes. O Record também ajudou, pois cada dia tinha uma entrevista exclusiva com um membro da lista de Godinho Lopes. O Jogo não podia ficar de fora e anunciou jogadores a custo zero e de qualidade duvidosa (Mateus, Sougou e Rodriguez), de imediato desmentidos por Bruno de Carvalho. Há medo na comunicação social e nos bastidores do futebol que o próximo presidente do Sporting seja Bruno de Carvalho, pois este poderá ser o único que evite a bipolarização do futebol português a Benfica e FC Porto, com as consequentes mais-valias financeiras para ambos.

Se por ventura os sócios ainda não estiverem esclarecidos, aconselho-vos a assistirem à sessão de esclarecimento de Bruno de Carvalho e a perceberam a razão para não votar nas listas abaixo.

Godinho Lopes representa a continuidade da derrota, o regresso dos sacos de jogadores de qualidade duvidosa, o despesismo, o aumento do endividamento, a dependência da Banca para os seus investimentos, o discurso pobre, desmoralizador e repetitivo, a falta de respeito pelos sportinguistas, os “jobs for the boys”, o afastamento dos adeptos e associados e a cultura de derrota. Os sportinguistas são inteligentes e nunca poderão aceitar a mudança com o voto nesta lista, pois continuarão a aceitar a dinâmica do fracasso e a chacota dos rivais até ao declive final do clube. Serei sempre sportinguista, mas admito que se por acaso (eu não acredito!) a candidatura de Godinho Lopes vencer, serei um sportinguista realmente menos convicto, menos identificado com os valores do meu clube e incrédulo com a opção vergonhosa para os destinos do meu grande Sporting. Cada um terá o Sporting que merece, mas não me incluam no falhanço das vossas opções pela continuidade!

Pedro Baltazar diz-se da ruptura mas sem projecto detalhado, nem soluções válidas para a situação financeira do clube, dedica-se a fazer cócegas à candidatura da continuidade e a opor-se de forma suja e ridícula à lista de mudança mais válida, a lista de Bruno de Carvalho. Não chega, muito pouco e sem os valores que exijo na minha vida e no meu Sporting.

Dias Ferreira é de certeza um grande sportinguista, não tenho dúvidas, mas falta-lhe projecto e rodeou-se de um director para o futebol que antes de poder ser director já é criticado tanto pelo silêncio da sua campanha como pelas poucas palavras que proferiu. Seria apenas mais um motivo de chacota! E sem projecto é fácil criticar o projecto dos outros, mesmo que isso seja pouco mais do que areia para cima dos olhos dos sócios.

Abrantes Mendes é o candidato mais sóbrio da campanha e sportinguista que tresanda. Mas faz-me lembrar os dirigentes do PCP ou BE que nasceram apenas para a oposição, e não concluem os seus projectos, valendo-se apenas do seu discurso da credibilidade e confiança. Seria um excelente elemento do Conselho Leonino!

Portanto, não há dúvidas, amanhã é dia de final da Champions em Alvalade para votar na Lista C de Coerência, de Coragem, de Combatividade, de Campeões, de Carvalho, na lista de BRUNO DE CARVALHO. Viva o Sporting!

terça-feira, 22 de março de 2011

Debate RTP-N

O debate de ontem foi marcado pela lavagem de roupa suja e por uma fraca moderação de Hugo Gilberto. Este nunca conseguiu controlar o debate, abordou os inevitáveis temas do futebol e do financiamento, mas preferiu abordar como último tema a relação do Sporting com os seus rivais quando haveria muitos mais temas a explorar como as infra-estruturas e as modalidades. Também senti uma abordagem tendenciosa anti-Bruno de Carvalho, interrompendo-o constantemente durante as suas explicações, questionando-o com perguntas pouco relevantes na vertente jornalística e pressionando-o na declaração final como não fez a mais ninguém.

De resto, a lavagem de roupa suja esperada considerando a campanha negra recente de candidatos como Pedro Baltazar e Godinho Lopes e a necessidade urgente de votos. E nesta abordagem, Bruno de Carvalho com projecto juntou-se ao tom fraco do insulto, Abrantes Mendes sem projecto destacou-se pela urbanidade e Dias Ferreira venceu o debate do género pelo seu poder de argumentação e luta contra a continuidade. Dias Ferreira defendeu tão bem os projectos de mudança, sem interferir no projecto de Bruno de Carvalho à excepção dos "movimentos circenses de sábado à noite", que mais uma vez assumo que gostaria de assistir à colagem destas duas campanhas. A sua sinergia daria a vitória de imediato e possibilitaria a congregação de um projecto capaz com uma defesa dos interesses do Sporting temível!

Bruno de Carvalho deveria cingir-se apenas à explanação do seu projecto, a sua mais-valia em conjunto com o seu trabalho sério e confirmado durante a campanha, mas o tom insultuoso da campanha e a estratégia da bancada da esquerda levou-o a situações limite e a uma imagem desequilibrada e sem trunfos. Por outro lado, aproveitou para defender-se de vez das críticas infundadas na opinião pública e mostrar um "Sporting sem totós" com a sua presidência. Nos próximos debates, sugere-se assertividade, porque é um homem de classe e com trunfos!

Godinho Lopes mostrou ser o candidato mais intranquilo da noite, pouco coerente, com um discurso enfadonho, pouco mobilizador dos sportinguistas e representando muito bem o tom insultoso da sua lista com as expressões da "mentira" e "falta de credibilidade" de outros sportinguistas respeitáveis. Quero uma direcção respeitadora do meu sportinguismo!

Pedro Baltazar esteve melhor do que no primeiro debate, mostrou-se mais interventivo, mas mantém o seu trabalho de campanha pela negativa, sem apresentar ideias consistentes e claras, chegando a contradizer-se em algumas ocasiões.

Abrantes Mendes é o outsider, não faltou ao respeito porque também não lhe faltaram ao respeito e sabe estar como sportinguista, mas falta muita coisa para se apresentar como candidato. Sem projecto e sem escolha de treinador a menos de uma semana do acto eleitoral, nunca pode ser uma hipótese de voto, mostrando-se apenas a jeito para ser uma voz activa no Sporting mas para isso também poderia ter concorrido ao Conselho Leonino.

Grande Homem, Grande Sportinguista!

Rádio, Jornais, Cinema, Novelas, Apresentação de Televisão, Sporting.
Uma referência para sempre! Muito obrigado!

domingo, 20 de março de 2011

Eu apoio Bruno de Carvalho!



A menos de uma semana do acto eleitoral e com as estruturas eleitorais bem definidas, estou em condições para revelar o meu sentido de apoio. Não revelo o meu sentido de voto porque não sou sócio de direcções incapazes de devolver a mística ao Sporting, podendo arriscar a associar-me de um clube que assumirá de novo a continuidade da derrota, da depressão e do despesismo.

Há vários meses que defendo a aposta na ruptura e desta forma poderia saber de imediato em quem não votaria. Godinho Lopes, não! E sem entrar em grandes considerações sobre outras candidaturas, até porque há falta de estratégia para poder sequer comentá-las, confesso que Godinho Lopes é um homem que me cansa só de o ouvir, temo sonhar com a lenga-lenga “Luís Duque- Carlos Freitas” e já estou farto de soluções prometidas que nunca aparecem. 100 milhões de nada, obviamente!

Das candidaturas da mudança, apenas Bruno de Carvalho conseguiu mostrar a consistência natural para os sucessos do Sporting.

Foi a primeira candidatura da mudança e também eu na altura achei que deixaria um pouco a desejar. Muito reservado, muito por razão da falta de uma grande agência de comunicação por trás, e sem a força necessária para destruir a estrutura do sistema, ganhando apenas apoiantes na blogosfera.

Apresentou desde o início o seu projecto, com metas bem definidas e passíveis de serem avaliadas no final do seu mandato, e que acima de tudo revela a cultura e organização que o Sporting precisa para atingir o sucesso. Com Bruno de Carvalho irá existir um modelo para a vitória, em comparação com outros modelos bem sucedidos como o Barcelona e a Selecção Espanhola que naturalmente atingiram o sucesso.

Chegávamos ao dia do primeiro debate entre os candidatos e Bruno de Carvalho destacou-se a léguas dos seus opositores, revelando um discurso envolvente e bem estruturado, juntando o tom de ironia necessário para poder também responder aos seus rivais directos de Lisboa e Porto a partir do dia 27 de Março. Temos comunicador!

O sistema percebeu as suas mais-valias e aumentou o tom das críticas, chegando a revelar falta de respeito e afirmações graves e infundadas. Os cães ladram e a caravana passa, respondendo Bruno de Carvalho com o seu trabalho sério e organizado…

Prometeu o fundo de investimento fechado desde o princípio e cumpriu na apresentação a milhas de Portugal com investidores Russos. 50 milhões garantidos para reforço da equipa de futebol. O único apoio garantido!

Prometeu de seguida apresentar o treinador para o futebol. Cumpriu a uma semana das eleições, apresentando Van Basten para a liderança do futebol, sendo na minha opinião o único factor desestabilizador desta candidatura. O Sporting precisa de um treinador estrangeiro, campeão e de qualidade inegável e trouxe um treinador estrangeiro, sem títulos e com qualidade por revelar. A qualidade que unicamente revelou foi o futebol total da Holanda no Euro 2008, um futebol envolvente e ofensivo que enchia o campo todo e goleava grandes selecções mundiais como França e Itália. De resto, precisa do Sporting para juntar ao currículo de jogador o currículo que de certeza precisará como treinador. Como não voto em treinadores, acredito que Bruno de Carvalho tem a estrutura montada para o Van Basten campeão de qualidade inegável.

Em suma, Bruno de Carvalho tem feito o seu trabalho na sombra, com grande seriedade, e mostrando cumprir os seus pressupostos, tendo para mim características extra que representam muito da minha filosofia de vida. É jovem, ambicioso, humilde, respeitador, respira sportinguismo e tem o factor X que consegue mobilizar a nação sportinguista e poder vir a ser uma referência no dirigismo português.

Eu apoio Bruno de Carvalho!

terça-feira, 15 de março de 2011

A Coerência de Bruno de Carvalho



Foi o primeiro candidato actual a assumir-se! E fez tudo com a sequência correcta. Primeiro a definição do programa e depois a sua apresentação juntamente com a sua candidatura. De seguida, passa a apresentar os seus órgãos sociais e cumpre a promessa inicial de apresentar o seu fundo junto dos investidores, deslocando-se à Rússia numa postura de grande actividade e sportinguismo. Agora, com projecto, direcção e fundo esclarecido, parte para o anúncio do treinador. Uma candidatura que segue o caminho correcto da ideia para a prática e que vai ganhando votos com a sua coerência, organização e discurso mobilizador.

Se há uns dias atrás o fundo e a escolha do treinador era essencial para a sua vitória indiscutível, agora só falta conhecer a sua aposta para a equipa técnica e para isso faço uma sugestão que até pode ser desnecessária, dada a grande semelhança de filosofia que ambos preconizamos para o Sporting. Treinador estrangeiro! Porquê? Por duas razões. O próximo treinador do Sporting tem que ser um campeão de qualidade inegável e, neste momento, qualquer treinador campeão em Portugal está muito bem empregado. Depois, um treinador estrangeiro não será tão facilmente sujeito à máquina destruidora de treinadores em Portugal e colocará mais facilmente a sua ideologia em prática.

Avança Bruno, avança…

quarta-feira, 9 de março de 2011

Eduardo Barroso para PMAG



Uma aposta coerente e que não me surpreende. Eduardo Barroso há meses que se mostra do lado da ruptura, com ele não há mais do mesmo, tal como Bruno de Carvalho, e acima de tudo respira sportinguismo. O seu passado nunca foi directamente ligado às direcções do clube, ao contrário de outros actuais candidatos, e para PMAG está muito bem. Consegue ajudar o seu Sporting e conciliar a sua carreira profissional.

Além disso, é uma boa alavanca de votos para o verdadeiro candidato da ruptura com menos mediatismo.

Boa aposta, Bruno de Carvalho!

domingo, 6 de março de 2011

Civismo do Sporting e Sobriedade de Bruno de Carvalho

Assisti com curiosidade e atenção ao primeiro debate leonino para as próximas eleições e aguardo por mais debates, especialmente numa fase em que as listas estejam reduzidas a dois ou três candidatos, inevitavelmente.

Realço de maneira geral o civismo que se assitiu num debate eleitoral e com propensão ao insulto dadas as diferentes personalidades. Acima de tudo somos o Sporting e mostrámos a distinção pela nossa cordialidade e boa educação.

Analisando cada um dos candidatos, julgo que Bruno de carvalho foi o grande vencedor da noite e aproveitou o pouco tempo disponível nas suas intervenções para dissipar dúvidas sobre a sua candidatura em detrimento de outras candidaturas da ruptura. Claro, objectivo e com um discurso convincente e capacidade para defender as suas posições com grande segurança, esteve sempre muito confiante nas suas posições e com imensa oportunidade nos ataques a Godinho Lopes (a questão do Nuno em vez do Bruno foi bem pegada). Dos seis candidatos é, tal como Pedro Baltazar, o único que tem um projecto definido e público, e neste caso há várias semanas como reboque para outras candidaturas. Serão importantes os próximos dias, especialmente na confirmação dos investidores e na aposta no treinador de craveira internacional e digno de um projecto transversal da formação ao futebol sénior.

Dias Ferreira tem a seu favor o discurso de grande defesa sportinguista e os seus dois trunfos eleitorais, Paulo Futre e Rjikaard, mas não tem projecto definido e está associado à continuidade. Por momentos, percebi uma troca de impressões com Bruno de Carvalho durante o debate e imaginei-os numa candidatura única. Dias Ferreira poderia ser uma figura destacada para representação do Sporting nos órgãos federativos e os seus trunfos eleitorais cabiam na perfeição ao projecto de Bruno de Carvalho.

Godinho Lopes é mais do mesmo e tem como bandeiras de campanha os 100 milhões que não explica a sua obtenção e Carlos Freitas e Luís Duque que também cometeram imensos erros do passado reflectido neste presente. A sua lista é uma salada russa e a sua postura não me inspira confiança. Quero uma solução de ruptura e este candidato faz parte da continuidade que pode afundar ainda mais o clube até ao seu fim. Gostei apenas da sua intenção em partilhar alguns dos seus trunfos com a lista vencedora, com a derrota consumada.

Da esquerda do Sporting no debate, Pedro Baltazar foi a grande desilusão da noite! Estava curioso por esta candidatura supostamente da ruptura, mas o seu discurso atabalhoado provou que seria um alvo fácil a abater pelos nossos rivais e uma total falta de segurança nos sportinguistas para a concretização do seu projecto. Projecto esse que tem alguns pontos bastante discutíveis, especialmente na questão do investimento.

Zeferino Boal não surpreendeu porque já se esperava um candidato sem ideias inovadoras, sem projecto e que apenas se assumiu como candidato para questionar as opções do passado recente. Mesmo assim, com um discurso muito fraquinho.

Abrantes Mendes foi uma agradável surpresa. Gosto da emotividade e sportinguismo que incute no seu discurso, mas julgo que não levará a sua candidatura até ao fim e abdicará para Bruno de Carvalho para a vitória certa da oposição ao regime. Daria um bom vice-presidente para as relações públicas.