sábado, 26 de setembro de 2009

F.C. Porto – 1 Sporting – 0: Cabeça Erguida!

No momento da transmissão do onze inicial do Sporting apercebi-me de três más opções por parte de Paulo Bento: Polga, Grimi e Postiga. Não fazendo das individualidades a causa para os problemas do colectivo, é manifestamente difícil compreender como Polga continua a arrastar-se nos jogos do Sporting, com pouca velocidade nas transições e com um jogo aéreo nulo. Incrível como jogo após jogo os golos de cabeça sucedem-se e Polga quase sempre está implicado no lance, manifestando falta de reacção para acompanhar o lance aéreo. Assim é bater no ceguinho quando a culpa nem é do Polga, mas do Paulo Bento que insiste com esta teimosia quando tem um Tonel em boa forma no banco, e que volta a entrar no jogo numa fase difícil mas revelando grande consistência. Se há males que vêm por bem, neste caso ainda bem que Polga foi expulso e não pode jogar o próximo jogo!

Grimi até pode ser uma opção credível para o resto da época, mas é um elevado risco colocá-lo a estrear-se esta época num clássico no Dragão, ainda por cima com a possibilidade efectivada de apanhar um Hulk poderosíssimo na sua área de marcação. Miguel Veloso apesar de lento, teria dado outra consistência defensiva e ofensiva no lado esquerdo da defesa.

Dos erros previstos, apenas Postiga provou-me o contrário, mostrando-se um jogador diferente do habitual, mais acertado nas combinações ofensivas e com uma boa possibilidade para marcar na primeira parte num remate à barra. Que continue assim, em função das suas qualidades independentemente de qualquer tipo de vingança!

De resto, um Sporting com uma excelente atitude a partir dos 15 minutos iniciais, com boa circulação de bola, boas combinações ofensivas e várias oportunidades principalmente na primeira parte. Na segunda parte, a continuidade da boa postura em jogo, mesmo a jogar em inferioridade numérica, é de realçar e mostra um Sporting combativo à semelhança das palavras da sua estrutura dirigente. Por isso, sai do jogo derrotado mas de cabeça erguida, perante um F. C. Porto que durou 15 minutos e pouco mais…

De cabeça erguida também pela luta constante que teve contra a dualidade de critérios e uma arbitragem habilidosa durante todo o jogo, expulsando Polga quando o primeiro amarelo é um exagero, e evitando fazer o mesmo ainda na primeira parte com Raul Meireles, num lance para segundo amarelo justíssimo. Além disso, fico com a sensação que ficou uma grande penalidade por marcar sobre Liedson na segunda parte, num lance em que Bruno Alves entra de empurrão sobre o levezinho.

Perante arbitragens destas e habituais nos jogos do Sporting, o clube não pode ficar indiferente. Paulo Bento já fez o seu papel, resta a restante equipa que o acompanha, incluindo a equipa dirigente. Vou ficar atento!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sporting – 3 Olhanense – 2: A Saga Continua!

Num jogo em que o Sporting marca um golo de cabeça na sequência de um livre, volta aos golos de grande penalidade e deixa Liedson em branco, só pode ser um jogo atípico. E foi! Senão vejamos, um dos jogos mais abertos deste início de campeonato, com grandes golos e discussão do resultado até ao final, contrastando com pobres espectáculos de anti-jogo, ineficácia ofensiva e golos banalíssimos neste início de época.

No entanto, há coisas que se mantêm e que devem merecer de novo reflexão dos responsáveis sportinguistas. Volto a repetir que devem jogar os melhores jogadores para cada posição e Polga não é seguramente melhor do que Tonel nesta fase, repetindo-se golos de cabeça na área leonina, sendo seguramente mais difícil com o bom jogo de cabeça de Tonel. Se Tonel não joga agora, bem pode começar a procurar clube para sair em Janeiro.

Depois, voltaram a existir imensos espaços entrelinhas nos primeiros minutos de jogo, altura em que o Olhanense colocou-se em vantagem por dois golos de diferença. Depois a consistência de jogo melhorou e percebemos que o problema não passa pelo escalonamento equipa, mas pela atitude passiva da equipa em determinados momentos do jogo, jogando com as linhas muito afastadas, com pouca agressividade e com transições muito lentas. Felizmente Paulo Bento veio no final do jogo diagnosticar esta situação, vejamos as consequências práticas nos próximos jogos.

O melhor período do Sporting coincide com a entrada de Djaló, um autêntico espalha-brasas que agitou o jogo do Sporting mas que também revela grandes lacunas técnicas, sendo para mim um jogador a mais neste Sporting. E repito isto num jogo em que até teve alguma influência na reviravolta do resultado, porque acima de tudo é preciso manter a coerência e Djaló precisa de melhorar os aspectos técnicos até conseguir melhorar o controlo de bola e a finalização.

Depois surgiram os golos do Sporting. Carriço, a revelação do ano passado e a confirmação deste ano, alimentou a esperança leonina com um cabeceamento perfeito após um livre bem executado por Miguel Veloso. Seguro a defender e a melhorar nos lances ofensivos, Carriço prepara-se para se tornar um caso sério no futebol português. Pouco depois, numa lei de compensações de grandes penalidades ridícula por parte do árbitro, João Moutinho coloca tudo empatado, permitindo ao Sporting ter 45 minutos em busca do golo da vitória. E assim aconteceu, após uma assistência de Caicedo (que fez mais em 15 minutos do que Postiga em mais de uma hora), Vukcevic enche o pé e dispara um míssil indefensável para Ventura, salvando assim uma exibição individual medíocre do montenegrino. Impressionante a velocidade com que sai a bola do pé deste jogador!

Fim do jogo. Imensas lacunas por resolver, boa análise de Paulo Bento, e a colagem ao próximo adversário no campeonato, o F.C. Porto, mantendo-nos a 3 pontos do “imparável” Benfica. Para quem dava zero hipóteses ao Sporting este ano, isto não vai nada mal. Falta a consistência, e a partir daí mostrar que as verdadeiras equipas fazem-se de trabalho e persistência! Estamos na luta!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Heerenveen – 2 Sporting – 3: Valeu Liedson (mais uma vez!)

Uma vitória tão natural como sofrida perante um adversário tão fraquinho que a vergonha seria qualquer outro resultado que não fosse a vitória, ainda para mais quando a vantagem já tinha sido alcançada na primeira parte. Mesmo assim, voltou a ser preciso um Liedson a regressar a olhos vistos à boa forma para resolver o jogo, marcando os três golos e sendo possivelmente o único jogador leonino a jogar dentro da normalidade. Dos restantes jogadores, nenhum esteve ao seu nível!

Num jogo em que a falta de agressividade, espaço a mais na zona central e passes transviados foram uma constante durante todo o jogo do Sporting, principalmente na segunda parte, há exibições individuais que têm de ser repensadas.

Rui Patrício continua a mostrar uma enorme intranquilidade e irregularidade exibicional, denotando grande dificuldade em escolher o momento para sair dos postes e a ficar muito mal na fotografia no segundo golo dos holandeses. Após vários meses de aposta por parte de Paulo Bento, Rui Patrício já poderia revelar maiores índices de confiança, a continuar assim terá de ser repensada a sua continuidade na equipa.

Abel revela ser mais um dos laterais direitos em má condição, e como há quatro alternativas para este lugar (incluindo Caneira) e devem jogam os melhores, julgo que chegou a hora de Pereirinha na lateral direita, principalmente porque agora já existem mais opções no meio-campo e deixa de ser a única arma secreta saída do banco.

Não se percebe a inclusão de Polga no onze inicial, uma vez que jogam os melhores, e o melhor até ao momento foi Tonel que provou no último jogo estar melhor defensiva e ofensivamente do que Polga. Senão, porque razão Polga não ganha uma bola na defesa, deixa-se antecipar pelo avançado no primeiro golo, e não há ninguém que consiga criar perigo nas bolas aéreas ofensivas à excepção de Tonel? Os jogadores em melhor forma nos seus lugares, muito simples!

No ataque, Djaló tem sido escolhido como o parceiro ideal para Liedson, dizem que está em boa forma, mas para mim continua a mostrar uma irregularidade impressionante, sendo que a única regularidade que apresenta é pela negativa, ou seja, o já conhecido mau controlo de bola, más opções de passe e remates desastrados. Há mais três opções para o ataque, não é necessário insistir nos mesmos erros!

No computo geral, destaco pela negativa a falta de atitude e disciplicência demonstrada na segunda parte, num jogo perante um adversário de terceira categoria bastante importante para aumentar os níveis de confiança. Sublinho a necessidade de aumentar os níveis de competitividade no plantel, porque a escolho de mais do mesmo para os mesmos postos é o princípio para a falta de atitude de vários jogadores acomodados ao lugar. Para o jogo com a Olhanense, sugiro a inclusão e a aposta contínua dos melhores aos seus postos, independentemente do nome na equipa, e o aproveitamento do balanço de três vitórias seguidas num início de época conturbado.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

No melhor pano cai a nódoa!

“Carlos Azenha quer Vitória a «defender à Sacchi e a atacar à Van Gaal»” in A Bola 2/6/09

Pela boca morre o peixe, e a iminente saída de Carlos Azenha da equipa técnica do Vitória de Setúbal vem expor dois factos.

Primeiro, os grandes mestres da táctica e igualmente comentadores desportivos televisivos, não são imunes às críticas e sofrem as mesmas dificuldades enquanto treinadores. Lembro-me das grandes análises tácticas de Carlos Azenha na RTP, na época anterior, e agora vejo um Vitória desorganizado e sem cultura táctica. Para tudo é preciso tempo, menos para a crítica que parece que é dada a qualquer momento quando se está de fora. Esta não é uma crítica a Carlos Azenha, que até apresentava comentários bastante construtivos, mas para todos os opinion-makers futebolísticos que menosprezam o trabalho dos treinadores com uma regularidade impressionante.

Segundo, a estrutura directiva do Vitória de Setúbal acaba por amaldiçoar o trabalho de um técnico novo, inteligente e de discurso atraente, culpando o seu técnico pela instabilidade vivida na pré-temporada numa verdadeira roda-viva de jogadores adquiridos e dispensados. Agora que a estabilidade poderia começar a ser construída, a culpa é do treinador! Ou muito me engano, ou este poderá ser o princípio da descida do Vitória.

Espero estar enganado, pela simpatia que nutro por este clássico do futebol nacional…E espero que Carlos Azenha esteja pouco tempo desempregado, estou curioso em vê-lo num projecto mais estável onde possa mostrar o seu valor.

domingo, 13 de setembro de 2009

Sporting – 1 Paços de Ferreira – 0: Liedson Resolve!

Num jogo fraco e sofrível, o Sporting acabou por chegar à vitória através do suspeito do costume, o luso-brasileiro Liedson.

O jogo começou numa toada morna, numa primeira parte em que o anti-jogo do Paços de Ferreira e a intranquilidade das hostes leoninas revelaram um jogo péssimo e um mau exemplo para o futebol. Louve-se ainda assim a maior consistência trazida pela dupla Tonel-Carriço em detrimento de um jogador em má forma e agora lesionado Anderson Polga, a maior capacidade nas bolas paradas ofensivas trazida por Tonel, e na estreia de Angulo que na minha opinião vem para somar, mostrando indispensável maturidade e uma qualidade assinalável de controlo de bola e desmarcação nas poucas oportunidades que teve em campo.

Na segunda parte, Paulo Bento acertou nas substituições, tirando o imaturo André Marques e o pouco ritmado Angulo, colocando em campo o estratega Matias Fernandez e o esforçado Postiga, dando maior profundidade à lateral esquerda com Veloso e aumentando as soluções ofensivas, passando a jogar num sistema de 4-1-3-2. A equipa entrou bem mas o golo não chegava, voltando outra vez a ansiedade e falta de maturidade, insistindo muitas vezes nos lances individuais e nos lançamentos a partir do meio-campo para a grande área pacense, quando o bloco do Paços estava cada vez mais próximo e de frente para a bola. Até que a dez minutos do final, o levezinho resolve a partida num golo à Liedson e aumenta o balão de oxigénio na luta competitiva com Benfica e Porto.

Há uma série de jogos seguidos aí à porta, e numa altura em que o Sporting demonstra grande margem de progressão mas crescimento diminuto de jogo para jogo, estas vitórias são essenciais para elevar a confiança da equipa e melhorar a qualidade de jogo, sendo que esta batalha terá que ser contínua e feita em competição já na quinta-feira para a Liga Europa.

Nota negativa mais uma vez para a estratégia de anti-jogo montada pelo Paços de Ferreira e nota positiva para os nove portugueses titulares na equipa do Sporting, juntando a estes Postiga e Caneira entrados na segunda parte. Sinto orgulho de um clube assim!

Saudações Leoninas!

sábado, 12 de setembro de 2009

Sporting Unido!

Há cerca de três anos e meio foi criado um blogue à minha imagem e semelhança designado “O Sabor da Palavra”, no intuito de acrescentar a minha personalidade à blogosfera, partilhando os meus valores, princípios e interesses. Um dos meus interesses sempre passou pelo futebol, mas como o público participante deste blogue mostrou-se habitualmente avesso a temas futebolísticos, decidi partilhar outros temas mas sempre com essa lacuna em aberto.

Os anos foram passando e a minha participação regular em blogues desportivos, nomeadamente do Sporting, foram um ponto de apoio para a minha partilha futebolística, mas ficando normalmente com a sensação de que a partilha era mais um castelo no ar do que uma opinião apreendida.

Além disso, apercebi-me de uma crescente oposição interna no mundo sportinguista, muitas vezes mal fundamentada, e como revejo-me num Sporting solidário e construtivo, percebi que tinha de marcar uma posição sustentada e digna dos meus princípios e valores.

Nesta conjuntura, nasce o blogue “Sporting Unido”, um blogue que pretende associar todos os sportinguistas, na plena noção de que um Sporting mais próximo entre os seus elementos e que misture a consciência com a paixão, possa chegar ao ambicionado sucesso e glória.

Assim, podem esperar um espaço de opinião construtiva sobre a realidade leonina e do mundo do futebol em geral, procurando ser imparcial na crítica ao Sporting, talvez menos imparcial na crítica aos outros clubes, mas sempre com a promoção de uma partilha democrática e assertiva. A criatividade será uma imagem de marca, e desta forma serão criadas rubricas regulares para o incremento do debate futebolístico, sendo tornadas públicas no seu devido tempo. E como o Sporting é dos sportinguistas, haverá uma preocupação especial em mostrar o verdadeiro Sporting, tirando muitos sportinguistas do anonimato e universalizando a paixão leonina.

Em suma, um projecto que pretende somar e inovar a blogosfera leonina e desportiva em geral, numa perspectiva solidária, cúmplice e de integração dos adeptos sportinguistas num espaço único e saudável!

Saudações Leoninas e Viva o Sporting!